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Se há coisa de que eu gosto mesmo, é de um belo par de sapatos (mas não iguais aos da fotografia). Há algum tempo comprei uns sapatos novos, raramente os uso, não porque eu não goste deles, apenas porque têm um pequeno grande defeito, rasgam-me as meias no sítio do calcanhar.
Ontem foi um desses dias, de manhã ao vestir as meias, certifiquei-me que as meias não estavam rotas, faço sempre isto. A meio da tarde, estava sentado à secretária e reparei que tinha um buraco nas meias, graças aos meus sapatos, não gosto mesmo nada de ter as meias rotas, tive que improvisar, desci a meia um bocado, de modo ao sítio do buraco ficar debaixo do pé.
Já não sei o que fazer aos sapatos, foram tão caros e no fim estragam-me as meias todas, alguém por acaso tem alguma sugestão?
O videoclip não é o original. A melhor banda portuguesa de todos os tempos. Tive uma altura em que só ouvia Heróis do Mar, vale bem a pena ouvir a discografia deles. De vez em quando, via o vocalista, Rui Pregal da Cunha, chegar na sua Vespa ao trabalho, com a careca a brilhar. Ele trabalha numa empresa especializada em criar logótipos e imagens para empresas.
Foram tantas as pessoas que insistiram comigo para eu descrever a minha viagem a Londres, recebi centenas de e-mails, telefonemas e cartas, quer dizer, para ser sincero, apenas uma pessoa pediu e eu até tinha dito que este blog não iria servir de diário. De qualquer forma, o que eu escrever pode clarificar algumas pessoas que pretendam viajar até Londres.
Comprei o voo na EasyJet e escolhi a opção de levar apenas uma bagagem de mão, a mala tem que ter as medidas que eles indicam. Como não estou muito habituado a viajar, desconhecia que não era permitido levar shampoo ou líquidos com mais de 100ml, o meu shampoo-que-supostamente-evita-a-queda-do-cabelo-mas-que-não-faz-nada ficou em Lisboa, não passou na área de segurança.
Aterrámos no pequeno aeroporto de Luton e aproveitei para trocar as minhas notas em Euros por Libras no aeroporto, aplicaram uma taxa de 12,5%, um roubo. Mais tarde, em Londres, aproveitei para trocar os meus últimos Euros por Libras numa casa de câmbios que não aplicava nenhuma taxa de comissão, em Londres há várias casas destas, é melhor uma pessoa não se precipitar como eu fiz.
Comprámos o bilhete de autocarro de Luton para a Gare Vitória, perto do sítio onde ficava o "hotel". O motorista era bastante cómico e tinha aquele sentido de humor britânico, era como se fosse o comandante do avião, só que neste caso era o comandante do autocarro, ao longo do percurso explicou através de um microfone aos passageiros o motivo de uma demora na auto-estrada e aproveitou para dizer umas piadas.
No primeiro dia aproveitei para andar na Roda do Milénio e ver Londres bem lá do alto, é uma experiênica engraçada mas não vale as 17£ (ah, já consegui descobrir o símbolo da Libra no teclado).
No dia seguinte, aproveitei a manhã toda para ver o Imperial War Museum, é grátis e vale bem a pena, está tudo muito bem organizado, tem várias exposições, desde a I Guerra Mundial até à Guerra do Iraque. Foi engraçado ver os alunos de várias escolas no museu a aprenderem história, os ingleses fazem questão que os mais novos aprendam a sua história de uma forma correcta e sem mentiras. Da parte da tarde aproveitei para visitar o museu Madame Tussaud, tem a parte das figuras de cera, a casa dos horrores e um passeio pelo museu num carro (tipo carrossel), mais uma vez, tudo muito bem organizado, mas não vale as 25£.
Ainda tive tempo para visitar The War Cabinet (o bunker de Churchill), onde foram tomadas importantes decisões durante a II Guerra Mundial. No dia em que terminou a II Guerra Mundial na Europa, o War Cabinet foi fechado e só voltou a ser aberto durante a década de 80. Há aspectos curiosos, os mapas, gráficos, estatísticas, estão intocáveis, tal como alguns lápis, canetas, telefones, camas, etc, tudo ficou tal e qual desde o dia 09/Maio/1945, nesse dia, após vários anos, as pessoas que trabalhavam no War Cabinet puderam ir dormir a casa.
O que realmente me fascinou, não estava nada à espera de ver algo assim, Camden Town, os britânicos aproveitam tudo, aproveitaram umas cavalariças para criar um mercado surreal, onde se vende de tudo.
Algumas curiosidades de Londres:
- Há poucos caixotes do lixo (talvez por causa dos atentados, uma medida de prevenção, digo eu);
- Não há cães vadios, vi muito poucos cães, mas todos estavam acompanhados pelos donos;
- Há placas em todo o lado a informar as pessoas sobre o que não devem transgredir, por exemplo, não se pode dar de comer aos pombos para estes não estragarem as estátuas, só nos parques. Nas filas não se pode falar ao telemóvel, pois pode chegar à vez dessa pessoa e essa pessoa está a falar ao telefone. No metro não se pode estar sentado e colocar os pés no banco da frente. Nas escadas rolantes quem não estiver com pressa encosta-se mais à direita para as outras pessoas poderem passar pela esquerda;
- Não vi nada a informar sobre a Gripe A, talvez os ingleses não sejam tão paranóicos, mal cheguei a Portugal vi inúmeros cartazes no aeroporto a informar sobre a Gripe A com um número para nós ligarmos, enfim;
- Há muito poucas casas abandonadas, tudo é aproveitado e requalificado.
- Quem quiser comer num restaurante a sério, tem que pagar bem caro, talvez no mínimo 20£;
- As Londrinas não são nada feias como algumas pessoas me disseram.
- O preço por um bilhete de metro é de 4£ só para uma viagem, ou 12£ para um dia inteiro.
- O preço de um bilhete de autocarro é de 2£ para uma viagem e de 3.80£ para um dia inteiro. Na minha opinião, compensa mais andar de autocarro, é mais barato e ao contrário de Portugal, funciona bastante bem, está tudo muito bem indicado, normalmente, de 10 em 10 minutos passa um autocarro.
Aproveitei para visitar outros locais mas já estou farto de estar para aqui a escrever.
Camden Town
Uma loja em no mercado de Camden
Mais uma loja
Horse Tunnel Market
Mais Lojas
Em Camden Town vi com cada "camafeu".
Canal em Camden Town
You look good Winston! Winston Churchill - Madame Tussaud
The Beatles - Madame Tussaud
Adolf Hitler - Madame Tussaud. Acho que fui o único que tirei uma fotografia ao Adolfo.
Chinatown
Londres
Trafalgar Square
St. James Park. Se não estou em erro, para apanhar banhos de sol naquelas cadeiras tinha-se que pagar 4£.
Eram vários os esquilos em St. James Park.
Os esquilos não tinham medo das pessoas, algumas pessoas davam-lhes amendoins.
Entrada do museu da guerra
Uma bomba V2, reparem só no tamanho. A Inglaterra foi bombardeada com milhares destas bombas durante a II Guerra Mundial.
Nazi Boys - Museu da Guerra
Cenário de guerra - Museu da Guerra
Museu da Guerra
Palácio de Buckingham
Pessoas à espera de ver o render da guarda
Render da Guarda
Belas fardas
Roda do Milénio
Vista do Parlamento, Westminster.
A maior parte das fotografias foram tiradas por uma pessoa amiga, assim que vi que tinha uma boa máquina fotográfica guardei logo a minha.
Ainda hoje, quando vou a Almeirim e passo por aquela placa, lembro-me sempre desta história, só de pensar que podia ter ficado agarrado à placa, eram mesmo coisas de gaiatos tontos.
Franz Ferdinand, dia 02 de Dezembro, Campo Pequeno
Ray Wilson, dia 06 de Dezembro, Maxime
Dois concertos a não perder. Só falta mesmo comprar o bilhete para Ray Wilson. Para quem não conhece, Ray Wilson foi o último vocalista dos Genesis.
Desde que entrou em vigor a lei que permite qualquer pessoa com 25 anos conduzir motas até 125cc, meti na cabeça que não seria de todo mal pensado comprar uma Vespa. No próximo ano lectivo até estava a pensar em retomar os estudos, assim iria para a escola de mota e não tinha problemas com o estacionamento.
Aos 15 anos de idade, pedi aos meus pais uma bateria ou uma mota (como eu pensava na altura, achava que era tudo facilidades), claro que nunca me iriam comprar uma mota, logo optaram pela bateria, custou 60 contos.
O pessoal com quem eu me dava naquele ano, eram quase todos do campo e todos tinham motas, a partir daí começou o meu gosto pelas motas. Foi na Salgueirinha que aprendi a conduzir, o meu avô tinha uma Florett de mudanças de punho, foi nessa mota que dei as primeiras voltas e a primeira valente queda.
Tinha combinado com o meu amigo e colega de escola, Bulldog, irmos os dois dar uma volta de mota, eu ia até à Salgueirinha de carro com o meu avô, depois pegava na Florett e ele ia-me mostrar novos caminhos nunca antes percorridos, pelo menos por mim. Ele lá apareceu mais um rapaz que eu não conhecia e lá fomos os três, passámos a linha do comboio da Salgueirinha em direcção à Malhada Alta, eu sentia-me como o Peter Fonda no filme Easy Rider. Meti a 3ª mudança (a mudança mais alta da mota) e atingi a velocidade máxima, talvez uns 50 km/h, ou 60, não tenho bem a certeza, a mota não tinha conta kilómetros, ia numa recta, o outro rapaz, o Luís, faz uma curva apertada para a esquerda, o Bulldog ia mesmo atrás de mim, mas eu ia tão distraído, nem sei no que é que ia a pensar, acho que o meu cérebro parou nesse momento, senti a mota a subir uma barreira e quando dei por mim estava dentro de água. Levanto-me assustado, sem saber bem o que é que tinha acontecido, o Bulldog vem ter comigo, a chorar a rir, escorriam-lhe lágrimas pela cara e diz-me:
- Então não viste a curva pá?
- Não consegui fazer a curva!
- Eia pá, tu não estás bem a ver o teu voo, subiste a barreira e foste cair dentro do "alcaduto" cheio de merda.
- Estou lixado, tens que me ajudar, o meu avô não pode saber que lhe estraguei a mota.
Ele lá me ajudou a tirar a mota de água e tentou meter a mota a trabalhar, só pegava de empurrão e a primeira mudança não entrava. Tirando o susto que apanhei, até estava bem, quer dizer, cheirava mais mal que a Adelaide Ramelosa, fui cair dentro de um "alcaduto", como dizia o Bulldog, com água porca. Não podia ir naquele estado ter com o meu avô, então o Luís levou-me a casa dele, em Vale de Boi (eu nem sabia onde isso ficava) para eu poder limpar-me.
De regresso à Salgueirinha, despedi-me dos meus companheiros e fui ter com o meu avô, deixei a mota no sítio dela, pensando que o meu avô nunca iria dar por nada. Durante o caminho para Coruche, o cheiro dentro do carro não deve ter sido nada agradável, ainda abri o vidro para disfarçar.
Dias mais tarde, fui chamado ao confessionário e tive que contar a minha triste história, a minha avó lá me explicou que não era "alcaduto" que se dizia, era aqueduto, sabia lá eu, ouvia o Bulldog a dizer "alcaduto". Felizmente correu tudo bem, até nos rimos um bocado, mas só eu sei o susto que apanhei, nesse dia, quando cheguei a casa para tomar banho tinha uma patacazita nos boxers.
Hoje em dia, o Bulldog continua um galã, sempre com aquela cara de cão, mas muito bom rapaz. Infelizmente o Luís morreu anos mais tarde num acidente de mota.
Com muita pena minha, mais tarde o meu avô vendeu a Florett, era igualzinha à da foto.
Vale bem a pena visitar a Quinta da Regaleira em Sintra, não só pela sua história, mas também por toda a sua paisagem, monumentos, mistério e esoterismo. Quaisquer semelhanças com a Maçonaria é pura coincidência .
Para quem estiver interessado, faça a visita com guia, assim não anda pela Quinta de um lado para o outro sem conhecer a história e o porquê de cada obra, tudo é explicado ao detalhe e nada está ali por acaso.
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